Skate nas Olimpíadas 2020

A inclusão do skate nas olimpíadas de Tóquio 2020 foi oficialmente anunciado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) em agosto de 2016 durante a 129ª sessão do COI no Rio de Janeiro.

A notícia foi comemorada por skatistas de todo mundo e no Brasil não foi diferente, a possibilidade de participar dos jogos olímpicos deu ânimo a nova geração de esportistas, que querem se dedicar e evoluir o quanto possível.

Skate e Olimpíadas?

O skatista Rony Gomes, patrocinado pela Odzz Skateboards, considera que o esporte é muito subjetivo para as Olimpíadas, “mas eu acho que, se vier para ajudar o skate, a gente tem que ver da melhor forma possível. Construir pistas, fazer o Governo investir do jeito certo no skate. Esse vai ser o ganho do skate nas Olimpíadas. Pistas novas, a galera podendo viver do esporte, coisa que no Brasil é difícil. Então, se a gente puder usar as Olimpíadas a favor do skate, vai ser demais. Imagina a gente ter uma pista de skate nova em cada bairro. Olimpíadas são de quatro em quatro anos; o que a gente não vai poder usufruir do skate nesses quatro anos com as pistas que vão ter? Então a gente vai tentar usar isso da melhor forma possível”.

Polêmica

A comemoração logo se tornaria uma dor de cabeça para os skatistas brasileiros, a Confederação Brasileira de Hóquei e Patinação (CBHP) foi inicialmente cogitada para ser a entidade representativa do skate nas olimpíadas. A ideia acabou gerando protestos pela Confederação Brasileira de Skate (CBSk) que naturalmente deveria ser a entidade oficial da modalidade nos processos olímpicos.

Com a negativa do Comitê Olímpico do Brasil (COB) ao pedido de filiação da CBSk, os protestos da entidade ganharam mais força, esta ameaçou boicotar a participação dos principais atletas brasileiros nos jogos olímpicos.

O então vice-presidente da CBSk, Ed Scander, fez uma comparação genial para ilustrar a situação: “Isso é igual colocar o automobilismo e não ter a Federação Internacional do Automóvel (FIA) envolvida. Então não vai ter Hamilton, Massa, Vetel”.

Para contornar a situação, a CBSk criou uma estratégia. Em setembro de 2017 houve uma eleição dentro da entidade para escolher uma nova equipe gestora, que tivesse uma voz mais ativa e reconhecida.

A mudança não foi motivada por competências maiores ou menores, até porque a última gestão realizou grandes feitos para os skatistas do Brasil, a intenção foi criar uma linha de frente mundialmente reconhecida para dar peso e ter melhores condições de negociar com o COB.

#somostodosscbsk

A campanha #somostodoscbsk foi fundamental para o desenvolvimento de um plano político que desse ao CBSk o reconhecimento que lhe é digno. As olimpíadas de 2020 foram catalisadoras da mudança de gestão, mas não é o último objetivo da entidade, até então, nas palavras do atual vice-presidente Sandro Dias, a gestão anterior vinha fazendo um trabalho de guerreiro por amor ao esporte e sem recursos, mesmo assim realizaram um grande trabalho para a entidade.

Agora o desafio da nova gestão é trazer recursos para a CBSk, o atual presidente Bob Burnquist, em entrevista ao canal Skatemind, afirmou que é necessário que a entidade crie seu próprio circuito de campeonatos e se abandone o modelo de empresas oferecerem o evento e a CBSk apenas chancelar.

Para Bob se a entidade puder usar a retórica olímpica, assim o fará, é uma oportunidade de ouro que a CBSk tem em mãos e não pode deixar escapar.

A campanha #somostodoscbsk, da nova equipe gestora e da união dos skatistas brasileiros deram resultado, no final de outubro o COB filiou a CBSk e reconheceu a entidade como responsável pelo projeto olímpico da modalidade.

A fusão entre a Federação Internacional de Roller Sports (FIRS) que é reconhecida pelo COI com a Federação Internacional do Skate (ISF) o qual a CBSk é filiada, criou a World Skate e ajudou a solucionar o impasse da CBSk com o COB.

Park e Street

O esporte terá as modalidades Park e Street nos jogos olímpicos de Tóquio 2020 e serão 80 atletas do mundo inteiro, dos quais 24 serão brasileiros e estadunidenses, sendo doze de cada delegação.

Brasil e EUA foram prestigiados com a maior número de esportistas por serem as maiores potências no esporte e terem condições de manterem a competição no nível mais alto, a escolha dos atletas brasileiros será com base no ranking mundial de 2019.

O potencial brasileiro no skate é grandioso, o esporte é o segundo mais praticado no país, com investimentos adequados quem sabe o Brasil não assume a liderança do skate mundial, ultrapassando os pais do skate, os Estados Unidos.

Ainda há um longo trabalho da CBSk para a preparação do skate nas olimpíadas, mas finalmente os skatistas brasileiros podem comemorar uma vitória que pertence a todos.

Sobre a Oddz Skateboards

A Oddz Skateboards nasceu da carência nacional de suprir o mercado de matérias para o esporte (shape de skate, capacete, rolamento etc) com um preço justo. A marca tem como missão atender os profissionais e amadores. Mantendo dois times de skatistas, que levam o nome da Oddz Skateboards para o mundo, usando seus shapes de skate e equipamentos de segurança.

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